O Governo do Estado, por meio do Gabinete de Crise para o Enfrentamento à Covid-19 no Rio Grande do Sul, desobriga o uso de máscara em ambientes ao ar livre. A medida vai valer após publicação de novo decreto, o que deve ocorrer nesta quarta-feira (16).
A decisão é feita após nota técnica do Comitê Científico e o Centro de Operações e Emergência em Saúde (COE), na qual aponta que os indicadores epidemiológicos apresentaram redução de internações e o avanço da vacinação no RS. Conforme o documento, não é necessário utilizar máscara em espaços abertos e em locais onde há possibilidade de distanciamento.
“A desobrigação da máscara em locais abertos permite que a decisão pelo uso seja individualizada. Não é uma recomendação ou uma liberação, mas sim uma possibilidade que se apresenta diante do momento em que vivemos, com o avanço da vacinação e a redução dos indicadores da pandemia. É importante lembrar que a adesão à vacinação é essencial para que possamos continuar no caminho de retomada para a normalidade”, disse o governador em exercício Ranolfo Vieira Júnior.
Porém, cabe ressaltar que o cenário epidemiológico da Covid-19 continua necessitando de esforços para evitar o contágio. Desta forma, o uso de máscara continua “fortemente recomendada”, mesmo em locais abertos, para pessoas com comorbidades ou que estejam apresentando sintomas gripais.
Além disso, o equipamento de proteção permanece recomendado em certos ambientes abertos em situações de “risco aumentado”. Por exemplo: locais sem distanciamento ou em longos períodos de exposição, como shows e estádios de futebol. Em ambientes fechados, a máscara continua de uso obrigatório.
Nesta semana, o Gabinete de Crise decidiu por não emitir Alertas ou Avisos, dentro do Sistema 3As de Monitoramento, após a análise dos dados da pandemia. A média móvel de casos confirmados apresentou estabilidade no RS na última semana, variando em 5%, com incidência semanal de 279 casos por 100 mil habitantes.
A internação por suspeitos de infecção pelo coronavírus e por confirmados diminuiu em 276 pacientes, sendo a queda de 205 em leitos clínicos e de 71 em UTIs.
Em relação à média móvel de sete dias, a redução de pacientes em leitos clínicos é 27,1% e de 18,6 % em UTIs. A taxa atual de ocupação nas unidades de terapia intensiva está em 59,9%.
Nos últimos sete dias, foram registrados 223 óbitos, com média de 31,9 óbitos por dia, representando uma estabilidade, com variação de -1,3% na semana.