REGIÃO NOROESTE: Ijuí, Cruz Alta e Frederico Westphalen são alvo da maior operação policial registrada na história do Rio Grande do Sul

Manchete Policial

A Polícia Civil cumpriu, desde a madrugada desta terça-feira (19), 1.368 ordens judiciais em 28 cidades de quatro estados contra uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro. Até a última atualização desta reportagem, 58 pessoas haviam sido presas. Na Região Noroeste, mandados foram cumpridos nas cidades de Ijuí, Cruz Alta e Frederico Westphalen. Conforme investigação, dinheiro obtido a partir do tráfico de entorpecentes, comércio ilegal de armas de fogo, de pedras preciosas, crimes patrimoniais (roubo, furto, extorsão e estelionato) e contra a fé pública (falsificação de documentos, falsidade ideológica e adulteração de sinal identificador de veículo automotor) era “maquiado” por meio de empresas mantidas por essa facção que tem base no Rio Grande do Sul. O delegado Mario Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia da Região Metropolitana, explica que a lavagem de dinheiro, obtido principalmente com o tráfico de drogas, é feita com a aquisição de imóveis e automóveis em Porto Alegre, na Região Metropolitana, além do Litoral do RS e de Santa Catarina. Empresas eram adquiridas para “legalizar” valores obtidos ilegalmente.

“Estão entre as ordens judiciais: – 273 mandados de busca e apreensão, 66 mandados de prisão, 14 casas prisionais são alvo de busca e apreensão, 38 sequestros de imóveis, 102 veículos com decretação de perdimento, 190 contas bancárias bloqueadas, 812 quebras de sigilo fiscal, bancário, tributário e bursátil. A organização criminosa começou a ser investigada no final de 2020. Na época, havia suspeita da prática do crime de lavagem de dinheiro na Região Metropolitana de Porto Alegre por uma organização criminosa que traficava drogas. Como resultado da investigação, houve sequestro de cerca de R$ 10 milhões em bens móveis, imóveis e valores em contas bancárias do grupo que estava sediado no Vale dos Sinos. Cinco pessoas que seriam lideranças da facção foram indiciadas por envolvimento no esquema. A Polícia Civil conseguiu mapear a organização e, ao longo de 2021, prendeu 102 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema. Outras 207 já foram identificadas, todas com funções específicas no grupo. (Adaptação NV/ G1)