A Delegacia de Polícia Civil de Panambi abriu inquérito investigativo para apurar a possível prática de estelionato, vinculada a venda e aquisição de planos de construção de imóveis pré-fabricados a custos reduzidos, em ofertas vinculadas a anúncios em sites e páginas de relacionamento e redes sociais. De acordo com expediente investigativo, pelo menos duas vítimas (residentes no bairro Becker e na área central do município) teriam investido mais de 175 Mil Reais em depósitos iniciais, cobrados pelos falsários como sendo, entrada para o inicio das supostas obras.
No primeiro caso, o morador do centro de Panambi efetuou dois depósitos que totalizaram a supra de R$ 122.435,33, em negociação iniciada ainda no início deste ano. Contudo, após os pagamentos, uma série de desculpas foram apresentadas pelo suposto proprietário de uma empresa da região Noroeste do Estado, que bloqueou o contato da vítima em abril, estando em local incerto e não sabido. O segundo caso investigado é atribuído a uma suposta empresa da Região Metropolitana que subtraiu do morador do lado norte de Panambi a supra de R$ 54.250,00. Contudo, neste caso, os falsários chegaram a iniciar o alicerce da obra e, posteriormente, abandonaram a construção em maio, não mais retornando para a continuidade do serviço contratado.
Conhecido como golpe das “Casas de Papel”, o crime se funda no anúncio de casas pré-fabricadas em madeira ou alvenaria, por valor abaixo do praticado no mercado convencional, e a promessa de entrega em prazos que variam de 90 à 120 dias. Após a formalização de um contrato apócrifo e do pagamento de entradas e até parcelas de adiantamento de obra, as “supostas construtoras” desaparecem, permanecendo tão somente os papeis e contratos que, na maioria das vezes, são fraudados para evitar a localização dos empresários e de possíveis pessoas jurídicas (CNPJ’s ou MEI’s).
A Polícia Civil alerta para este tipo de prática criminosa que já fora identificada em nossa cidade há alguns anos atras, informando que, caso haja novas vítimas que elas se dirijam a Delegacia de Polícia para o registro dos crimes.
