CONDOR: Polícia Civil e Brigada Militar abrem inquéritos para investigar morte de paciente em internação compulsória judicial na Linha Zeppelin

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Em procedimentos investigativos distintos, as Polícias Civil e Militar do RS abriram inquéritos para apurar as circunstâncias nas quais ocorreu a morte de um homem de 50 anos, alvejado por disparo de arma de fogo durante o cumprimento de determinação judicial de internação psiquiátrica compulsória na manhã de quarta-feira (9), na localidade de Linha Zeppelin, no interior de Condor/RS. Segundo registro policial, dois policiais militares acompanhavam o deslocamento com a Secretaria de Saúde quando precisaram conter o paciente que, ao resistir à internação, agrediu os agentes.

Claudiomiro Baecker seria internado no Hospital Psiquiátrico Bezerra De Menezes em Passo Fundo/RS, após uma solicitação da irmã e autorização judicial. No momento da transferência, o paciente não teria aceitado a sedação e agrediu os policiais com uma faca e um espeto. Segundo a Brigada Militar, os agentes tentaram conter o homem com dois disparos de arma de condução elétrica, mas relatam que o movimento “não surtiu efeito”. Com a resistência e ataques do paciente, os policiais dispararam dois tiros, que mataram o homem no local. O comandante da BM de Condor, Paulo César da Silva Bairros, disse que o uso da arma de fogo foi um recurso necessário.

— O risco contra a vida da guarnição era iminente e então foi necessário a utilização da arma letal, sendo esse o último recurso. Infelizmente não teve outra forma para cessar a violência e a agressão do cidadão que estava em surto — afirmou. Um dos policiais atingidos teve ferimentos leves no braço e precisou de atendimento médico. Protegido pelo colete, o segundo agente não ficou ferido. Um inquérito policial militar será instaurado para apurar os fatos. — Já iniciamos as diligências no próprio local, acompanhando a perícia que foi feita no corpo. Também se recolheram as armas para ser feita perícia também e essas diligências vão esclarecer todos os fatos e trazer pra nós a verdade das circunstâncias do local — disse Bairros. A Polícia Civil investiga o caso como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial. (Adaptação NV/ GZH).