ESTELIONATO: Polícia Civil investiga ocorrência do “golpe do boleto fraudado” em Panambi

Policial

O Setor de investigação da Delegacia de Polícia de Panambi abriu procedimento investigativo para apurar denúncia da prática do crime de “golpe do boleto fraudado”, registrado por um morador do município, junto ao órgão policial. Segundo ocorrência policial, a vítima recebeu parcela de financiamento de veículo opara pagamento no mês de janeiro, efetuando a quitação da mesma. Ocorre que, dias mais tarde, recebeu uma correspondência via Correios, informando que a referida parcela não havia sido paga, sendo notificado que a parcela paga teria sido a parcela do mês subsequente.

Acessando o site da entidade financiadora, o homem, residente na área central de nossa cidade, foi direcionado a um número de WhatsApp pelo qual solicitou a segunda via do boleto, sendo-lhe encaminhado nova cártula para pagamento que, novamente, fora adimplida. Contudo, semanas mais tarde fora novamente notificado do mesmo débito, percebendo que havia sido lesado no em um crime de estelionato, conhecido como “golpe do boleto fraudado”.

Segundo a investigação, o crime consiste na clonagem de site oficial ou parte dele para o direcionamento ao contato de golpistas que emitem boletos em favor de “laranjas”, com características muito semelhantes aos boletos originais. Dentre as dicas apresentadas pela autoridade policial, destaca-se que, os boletos falsos trazem algumas características que podem ser facilmente checadas pelo usuário.

Veja se os dígitos finais representam o valor do boleto: se são diferentes, é possível que seja golpe. Caso seja uma cobrança recorrente, como a fatura da TV a cabo ou da escola dos filhos que costume vir com valor fixo, suspeite se houver alguma variação inesperada. Confirme também seus dados pessoais, como CPF, e busque por erros de português e de formatação. Verifique ainda se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Um boleto do Banco do Brasil sempre começará com 001, do Bradesco com 237, da Caixa Econômica Federal com 104, do Itaú com 341 e do Santander com 033. Os números bancários podem ser checados no site da Febraban (https://www.febraban.org.br/associados/utilitarios/bancos.asp).

Ainda, em qualquer boleto, prefira sempre ler o código de barras pela câmera do celular ou no caixa eletrônico. Em geral, boletos com linha digitável adulterada não trazem código de barras compatível e precisam forçar a vítima a digitar a sequência manualmente para completar o golpe. Um documento com barras ilegíveis, portanto, tem maiores chances de ser fraudulento. Por fim, importante que ao fazer download do boleto no site do credor, certifique-se de que está acessando a página verdadeira e de que o endereço começa por HTTPS. Páginas seguras trazem o selo do certificado SSL que assegura contra invasões e garante maior confiabilidade para o documento que está sendo baixado.

Novas diligências serão realizadas pela Polícia Civil panambiense, objetivando a identificação e a responsabilização de possíveis fraudadores, bem como, a recuperação dos valores levados indevidamente pelos falsários.