O IBGE divulgou oficialmente os números da população e dos domicílios para todos os municípios brasileiros, e Panambi chegou a 43.515 habitantes, aumentando em 5.457, desde o Censo de 2010, sendo um dos municípios que mais cresceu na região.
A divulgação também mostrou que algumas cidades da região tiveram redução do número de habitantes entre o censo de 2010 e 2022.
Já em Panambi, os domicílios aumentaram em 27,86 % passando de 13.988 para 17.885 em 2022. Panambi ainda teve o menor percentual de domicílios considerados não ocupados ou vagos entre as cidades da região, com 5,59%, resultado do trabalho e dedicação dos recenseadores e do envolvimento da Administração Municipal em todas as etapas do Censo e da colaboração de todos os panambienses.
O resultado mostra uma redução da média de pessoas por domicílio, de 2,93 para 2,63 pessoas por domicílio em 2022.
Apesar do crescimento populacional de 14,34% em relação ao Censo anterior, a contagem de habitantes ficou abaixo da estimativa, o que impactará em queda na arrecadação de tributos pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM), pois faltaram 634 habitantes para que Panambi figurasse na faixa 2,0 do índice do FPM.
Conforme o coordenador do IBGE, Thiago Strey Sores, as demais informações do Censo 2022 serão oficializados em data a ser definida pelo IBGE.
RS tem crescimento populacional de mais de 186 mil em relação ao último censo. No Brasil, em 2022, a população chegou a 203.062.512, um aumento de 6,5% frente ao censo demográfico de 2010.
A população do Rio Grande do Sul em 2022 foi de 10.880.506. Entre os anos de 2010 e 2022, houve um crescimento populacional de 186.577 pessoas. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, no Brasil, a população chegou a 203.062.512, um aumento de 6,5% frente ao censo demográfico de 2010. O resultado representa um crescimento de 12,3 milhões de pessoas no período. A taxa de crescimento anual da população do país entre os últimos dois censos foi de 0,52%, menor taxa desde o primeiro Censo do Brasil, em 1872.
De acordo com o censo de 2022, o estado mais populoso é São Paulo, com 44.420.459 pessoas, seguido por Minas Gerais com 20.538.718 e Rio de Janeiro com 16.054.524. Juntos, os três concentram 39,9% da população brasileira. O Sul tem a segunda maior média de habitantes por quilômetro quadrado e concentra 24% da população do país.
CENSO E REPASSES – O Censo Demográfico é a única forma de informação sobre a situação de vida da população em cada um dos municípios e localidades do País. O objetivo do levantamento é contar os habitantes do território nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros, produzindo informações importantes para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de investimentos da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo.
O economista Newton Ferreira da Silva avalia que a publicação do censo tem várias vantagens, pois para a sociedade permite que o governo federal possa fazer políticas públicas com base nos dados e as informações permitem que estudiosos façam trabalhos e análises econômicas, financeiras e sociais.
“E principalmente é importante para os municípios, porque com o censo, a população é exata e com isso permite que as transferências do Fundo de Participação dos Municípios que leva em consideração parte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda (IR) sejam repassados aos estados aos estados e municípios”, expõe.
O número de habitantes dos municípios é considerado para os repasses de recursos financeiros como é o caso do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Segundo o economista Luigi Mauri, não se deve haver otimismo ou pessimismo imediato em relação ao repasse com base nos dados do censo do IBGE que foram divulgados.
“Apesar da mudança na população brasileira e mudança na população dos municípios que viria a princípio afetar o Fundo de Participação dos Municípios, a gente sabe que desde fevereiro deste ano o STF suspendeu a normativa do TCU que propõe utilizar os dados populacionais do censo demográfico do IBGE de 2022 para o cálculo do FPM”, explica.
O economista aponta que toda pesquisa feita pelo IBGE afeta as principais políticas públicas do país nas áreas mais diversas, desde saúde, educação, segurança pública, repasses aos municípios e políticas de aposentadoria. “Toda divulgação relacionada a população e idade, afeta cálculos de aposentadoria, afeta reformas que são realizadas no congresso e afeta também a percepção do mercado sobre o país”, completa.