Foi sepultado no último final de semana sob forte comoção popular, o corpo da aposentada Cecília Goulart de Almeida de 75 anos, morta após ser atropelada por uma carreta na BR-158, confluência da rodovia com a Rua Pavão, nas proximidades do Centro comunitário do bairro Pavão. De acordo com testemunhas, em relato corroborado pelo condutor da composição de carga, a aposentada atravessava a via federal nas proximidades de um redutor de velocidade, quando fora atingida por uma carreta argentina, que trafegava pela rodovia no sentido Panambi – Condor.
Equipes de resgate foram acionadas e a aposentada fora encaminhada a Sociedade Hospital Panambi (SHP) ainda com vida. Entretanto, após manobras de ressuscitação e ainda, tentativas infindas de reanimação, a mulher entrou em óbito, face a múltiplas fraturas pelo corpo e graves lesões provocadas pelo atropelamento. O caminhoneiro chegou a ser encaminhado para a Delegacia de Polícia onde prestou esclarecimentos e foi liberado para responder a inquérito policial em liberdade. O corpo de Cecília Goulart de Almeida foi encaminhado para exames de necropsia e, posteriormente, entregue à familiares para atos de encomendação e sepultamento.
Um laudo pericial indicará as circunstâncias da morte da líder comunitária, assim como, imagens de câmeras do circuito municipal de segurança, testes do etilômetro e dados do tacógrafo do veículo de carga argentino, provas estas, que serão utilizadas para apurar possíveis responsabilidades no resultado do sinistro de trânsito.
Na manhã de ontem (01), dezenas de pessoas bloquearam a BR-158, na entrada do Bairro Pavão em protesto a falta de segurança no local, assim como, a grande quantidade de mortes ocorridas no local. Há vários anos, o mesmo local é palco de mortes violentas causadas pela inefetividade das esferas administrativas, que segundo os populares, são uma das causas da letalidade do trecho rodoviário. O local chegou a ter orçado um viaduto e uma passagem que protegesse a integridade física de moradores do bairro, que utilizam o cruzamento diariamente. Contudo, a obra nunca saiu do papel, restando somente, obras paliativas que pouco tem auxiliado a comunidade panambiense, vítima da inoperância administrativa de todos os entes federativos, sejam eles, estatais, federais ou municipais.