INVESTIGAÇÃO: Perícia revela causa da morte de jornalista ijuiense encontrado em geladeira

Manchete

A causa da morte de Celso Adão Portella, encontrado dentro de uma geladeira durante uma ordem de despejo em Aracaju em setembro deste ano, foi revelada pela perícia. A Secretaria de Segurança Pública, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18), informou que Celso foi vítima de uma queda da própria altura. O perito e diretor do Instituto Médico Legal de Sergipe, Victor Barros, destacou uma fissura na parte frontal do crânio, indicando um traumatismo craniano prévio à morte. A incisão, considerada pequena, não teria sido causada por instrumento contundente, por isso sugere uma possível queda.

A perícia, no entanto, não determinou se a queda foi espontânea ou se resultou de uma ação externa, deixando em aberto a possibilidade de homicídio. A companheira de Celso, uma técnica de enfermagem, foi presa por ocultação de cadáver e maus-tratos contra sua filha, que morava no mesmo imóvel onde o corpo foi encontrado. Em depoimento, ela alegou que Celso teria morrido em 2016, negando envolvimento no homicídio. A mulher está internada e será reavaliada em janeiro de 2024. O apartamento sujo, em condições insalubres, levou à remoção da criança, que está sob acompanhamento do Conselho Tutelar. Celso Adão Portella, que hoje teria 80 anos, é natural de Ijuí, mas construiu a vida em Porto Alegre (RS). Ele deixou o Estado em 2001, quando a mãe morreu, foi para o Espírito Santo e, depois os irmãos perderam contato. Celso é um de 12 irmãos e deixou quatro filhos no RS. (GaúchaZH).