POLÍCIA FEDERAL: Municípios de Panambi e Condor são alvo da “Operação Descargo” visando a repressão da comercialização clandestina de eletrônicos

Manchete

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de quinta-feira, dia 26, a Operação Descargo, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável pela internalização clandestina de produtos eletrônicos de alto valor, sem o pagamento dos tributos devidos. As investigações apontam que os produtos eram adquiridos nos Estados Unidos, enviados ao Uruguai e introduzidos ilegalmente no Brasil por rotas clandestinas na fronteira com o Rio Grande do Sul. Os itens eram então armazenados em entrepostos e, posteriormente, distribuídos para destinatários em diversas unidades da Federação, com o uso de empresas de fachada, pessoas interpostas e intermediários.

            No curso da investigação, foram realizadas diversas apreensões de cargas introduzidas irregularmente no país. Somente na região central do Rio Grande do Sul, ocorreram quatro apreensões relevantes — duas em 2020, avaliadas em R$ 8 milhões, e duas em 2024, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, que somaram mais de R$ 13 milhões, considerando cargas e tributos. O valor total das apreensões nessa região ultrapassa R$ 21 milhões.

            Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão nos municípios de Panambi/RS, Condor/RS, Santana do Livramento/RS, Porto Alegre/RS, Itapema/SC, Blumenau/SC, Biguaçu/SC, Palhoça/SC, Canoas/RS, Gravataí/RS, Salvador/BA, Brasília/DF, e Vila Velha/ES. Também foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, em Itapema/SC e Santana do Livramento/RS. Em Panambi, e na cidade de Condor, em operação conexa, os policiais chegaram aos endereços indicados pela investigação. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, resultando no recolhimento de diversos produtos eletrônicos e outros procedimentos também aplicados dentro da operação realizada pela Polícia Federal e Receita Federal.             A Justiça Federal ainda determinou medidas cautelares contra 11 investigados, incluindo comparecimento periódico em juízo, proibição de deixar a comarca ou o país, recolhimento de passaporte e proibição de contato com os demais envolvidos. Para garantir o ressarcimento ao erário, foi autorizado o bloqueio de até R$ 30 milhões em contas bancárias, a restrição sobre valores em criptoativos, e o sequestro de sete imóveis. Também foram apreendidos 21 veículos terrestres, cinco embarcações e equipamentos de uma academia. (Comunicação Social da PF/ Adaptação NV)