Médico explica por que crianças e adolescentes são os principais vetores de transmissão do vírus H1N1

Saúde

Compartilhamento de objetos, a proximidade durante as aulas e a falta de hábitos rigorosos de higiene entre os mais jovens tornam a escola ambiente ideal para a circulação da influenza.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças em idade escolar e adolescentes, especialmente aqueles entre 5 e 14 anos, são mais propensos a contrair e espalhar o vírus influenza, tanto nas escolas quanto em ambientes familiares. Com sistemas imunológicos ainda em desenvolvimento, as crianças tendem a contrair a doença de forma mais intensa e, muitas vezes, passam mais tempo infectadas e eliminando o vírus, contribuindo significativamente para sua propagação.

“Estudos recentes mostram que essas faixas etárias desempenham um papel crucial na disseminação da gripe entre a população, sobretudo por conta da elevada interação social e à maior suscetibilidade ao vírus”, revela Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios.

Ele revela que as escolas e creches são ambientes com grande aglomeração de crianças e, por isso, oferecem mais chances para a transmissão do vírus. Segundo ele, o compartilhamento de objetos, a proximidade durante as aulas e a falta de hábitos rigorosos de higiene entre os mais jovens tornam esses ambientes ideais para a circulação da influenza.

“Crianças são mais suscetíveis às infecções respiratórias. Por interagirem com várias outras crianças diariamente, acabam funcionando como um elo que conecta diferentes grupos familiares e comunidades”, explica ele.

Quando infectadas, crianças e adolescentes transmitem o vírus Influenza para familiares, incluindo os grupos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com comorbidades. Além disso, o aumento nos casos de gripe nessa faixa etária tende a sobrecarregar o sistema de saúde, com um número maior de consultas médicas e hospitalizações.

“Por tudo isso, vacinar crianças contra a influenza é uma das principais formas de reduzir a circulação do vírus”, destaca Dr. Medina. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacinação contra a gripe, especialmente em crianças a partir de seis meses de idade, é crucial para prevenir surtos e proteger as pessoas mais vulneráveis. “Além de proteger as próprias crianças, a vacinação contribui para a imunidade de rebanho, diminuindo a transmissão em toda a população”, reforça o especialista.

Ele salienta que a vacina da gripe é segura, eficaz e atualizada anualmente para combater as cepas mais prevalentes do vírus. “Ao vacinarmos crianças e adolescentes, estamos não apenas protegendo essas gerações, mas também evitando a disseminação do vírus para seus familiares e comunidades”, ressalta o médico.

Além da vacinação, ele ressalta que é fundamental reforçar outros cuidados preventivos, como a higiene das mãos, o uso de máscaras em ambientes fechados ou com aglomeração e a conscientização sobre a importância de evitar locais públicos quando surgirem sintomas gripais. “E caso surjam sintomas compatíveis com os da H1N1, é recomendado procurar ajuda médica imediatamente”, finaliza Dr. Medina. (fonte: Assessoria de Imprensa Carnot Laboratórios).